segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Especial Círculo das Ideias (Conto por Conto): O mundo sombrio de Robert E. Howard #11: "O Usurpador Noturno"

MARJORY CHORAVA a perda de Bozo, seu gordo maltês que não voltara depois da costumeira escapadela noturna. Gatos vinham desaparecendo pela vizinhança nos últimos tempos, como numa epidemia peculiar, e Marjory estava desolada. Como nunca suportei vê-la chorar, parti em busca de animal de estimação desaparecido, ainda que tivesse pouca esperança de encontrá-lo. Vez ou outra, pervertidos acabam por alguém, e eu tinha certeza de que Bozo e outros tantos felinos desaparecidos nos últimos meses haviam sido vítimas de um desses depravados. - Robert E. Howard

Animais estão desaparecendo na vizinhança de uma pequena cidade dos Estados Unidos. Um vizinho novo que viajou pelo Oriente tem barulhos estranhos vindos do andar de cima de sua casa - ocupada, porém não reformada.

O cenário é lovecraftiano, mas a prosa é toda howardiana. Com ilustrações de Leandro Moura e tradução de Liliane Reis, um herói desesperado se vê diante de um monstro vindo de outra dimensão e seu maior desejo é salvar sua noiva daquele terror tétrico empunhando uma espada matadora de seres dimensionais.  

Sequestros, sacrifícios, mortes em série de mendigos, Howard faz tudo parecer normal dentro de uma narrativa rápida e improvável das revistas pulp.


O AUTOR
Robert E. Howard nasceu em 1906, em Cross Plains, Texas, Estados Unidos. Criador de personagens variados como Conan, o bárbaro, Bran Mak Morn e Solomon Kane, fundou o que hoje é chamado de gênero literário ''Espada e Magia''. Influenciado pelo conceito de G.K Chesterton de ''história condensada'' que ''o valor principal da legenda para misturar os séculos, preservando o sentimento" ele cria a Era Hiboriana que une as eras históricas e culturais de maneira ampla: Europa medieval (Aquilônae Poitain), à fronteira americana (a imensidão picta e suas fronteiras), e dos cossacos (Kozaki) aos piratas elisabetanos (Free Broterhood). Autor de narrativas cheias de ação, magia e selvageria, se notabilizou no início do século XX como um dos expoentes da literatura nas Revistas Pulp. Se suicidou em 1936 após saber que sua mãe caiu em um coma terminal, deixando um grande legado literário.

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